30 julho 2007

29 julho 2007

Como uma paulada nas costas

Não defendo o principio de que a vida é madrasta. Sinto-me incomodado quando estou na fila do supermercado ou na sala de espera de qualquer coisa, a ouvir os clones normaloides a queixarem-se do governo, do patrão, do tempo, de tudo menos de si próprios, provavelmente os maiores culpados.

Mas tem havido aqui um qui-pro-quo entre mim e a vida e das duas, uma: ou eu dava uma estaladinha nos pulsos da vida ou ela me dava uma paulada nas costa. Guess what: foi uma paulada nas costas. Mesmo com a esquina viva do pau mais filho da mãe que a gaja encontrou. E doeu para caraças. Tenho tido a sorte ou a inteligência de ter terminado cada episódio que a vida me oferece, ou com uma vitória ou com a aprendizagem de qualquer coisa. Desta vez, caí pesado de dor e não aprendi nada.

Mas eu sou da opinião que a vida é servida às fases. Sobrepostas, concorrentes, sequenciais, não interessa. Interessa é fechar a anterior e passar à próxima, mas fica o aviso à vida, essa ingrata que eu tenho percorrido com um sorriso nos lábios, que me espancou até onde eu não desejaria ao ser que mais baixo existisse numa eventual tabela de (des)afectos:

Aqui estou eu e a sorrir. Não tens mais nada para me atirar? O mau foi anteontem, e eu já estou pronto para outra e sei que não tens pior do que isso. Seja o que for que inventes, não conseguirás descer tão baixo, daqui para a frente tudo de mau são trocos e tudo de bom é lucro.

26 julho 2007

A comunidade GameDev-PT

Entrei no portal GameDev-PT e olhei para a lista de últimos tópicos. Lembro-me que os contei. Eram qualquer coisa como três jogos em desenvolvimento, uma ferramenta em desenvolvimento, duas apresentações de arte, um anúncio sobre um torneio de um jogo online que tinha acabado, jogo esse produzido em Portugal, como a arte, a ferramenta e os ditos jogos. Além disso, a comunidade a discutir sobre entrevistas aos nosso "notáveis", pessoas como nós mas que já mostraram algo. Um tópico claramente off-topic e era sobre o Blodasse... péssimo a dar exemplos este vosso amigo.

Comparando com o último ano, diria que nunca foi tão saudável como hoje, o ar da comunidade GameDev-PT.

Depois de um manifesto e da tomada de posição relativamente à Aproje, olha-se para o portal e o que se vê são jogos, mostras, aplicações, cavaqueira.

Com diversos conflitos e confusões na comunidade, com a comunidade, é natural que tenha pensado em afastar-me diversas vezes, mas neste momento sinto-me com força redobrada para levar o projecto para a frente e ajudar a administração no que me for possível.

Vamos ver, mas para já, está cool!

Sobre os BloDevTunZ

Comé malta?!

Para que não haja dúvidas, eu de artista gráfico não tenho uma grama! Mas esta ideia de um cartoon sobre gamedev atormentava-me a mona há uma pipa de tempo. Infelizmente não queria chatear a malta que eu conheço e por outro lado não queria que, caso avançasse com a ideia, que fosse algo obrigatório e cíclico porque, sendo de cariz humorista, o que é obrigatório dá asneira ou desgasta-se.

Why, what e whatnot à parte, em cavaqueira com o Mestre do Pito, falei que gostava do avatar de um utilizador dos fóruns gamedev-pt (sim JPGargoyle, tu mesmo!) e o grande Mestre lá me disse, vai a http://www.i-am-bored.com/bored_link.cfm?link_id=9962 e eu fui.

Entre fazer um avatar para mim e desatar a fazer cabeçorras para o nascimento dos BloDevTunz, foi um saltinho.

E pronto, está explicado. Não vou usar o humor fácil como no caso do pobre Uónabi, mas mais aquelas situações recorrentes das equipas de gamedev, devidamente caricaturadas.

Espero que se divirtam e não levem a sério nem se revejam... é só para descomprimir a pevide!

25 julho 2007

WTF!MMOXXOR!

Estreia absoluta dos BloDevTunz com uma conversa amena entre o Zé Luis, game designer, gajo porreiro e um míudo maluco que quer fazer jogos chamado Quincas Uónabi.


Depois digo umas coisas sobre estes toons, mas para já vou só ali fumar um cigarro.

24 julho 2007

É que não me lembro de mais nada para falar

Peço desculpa por não ter sujado as vossas vistas com mais umas ordinarices do Blodasse nos últimos dias, mas, como devem ter reparado os consumidores assíduos do portal GameDev-PT, houve para lá uns problemazinhos para resolver. Isso, mais trabalho, que felizmente é muito, impossibilitaram-me de cá vir, ou melhor, de postar decentemente, porque quando hoje fui ver, tinha lá dois rascunhos.

Mas eis que voltei e não com boas notícias. Quis a linha de eventos que a administração do portal GameDev-PT e a moderação (moderação essa que é este que vos estima) tivessem decidido deixar de apoiar a Aproje. Não vou entrar em grandes dissertações, leiam a carta aberta presente no portal GameDev-PT se querem saber detalhes. Não quero é deixar de libertar os demónios que pessoalmente sinto em relação a esta situação.

Por um lado, a ameaça judicial que foi realizada ao portal é descabida e normalmente aplica-se em fóruns ou através de carta, com o propósito de melindrar o receptor da mesma. Ora visto do alto dos meus 31 anos (quase 32, por isso respeitinho!) não só a recursividade deste tipo de comportamentos respeitantes a questões online limita o nível de pânico que o emissor pretende alcançar, como qualquer cidadão com dois dedos de testa tem à sua disposição uma montanha de formas de se informar se está a incorrer ou não nalguma ilicitude.

Por outro lado, confunde-se a juventude da comunidade e até da industria com uma hipotética inexperiência da mesma a vários níveis. Logo à partida, são poucas as pessoas com vincada experiência empresarial e nem vale a pena confundir experiência empresarial com ter trabalhado numa empresa, ok? Quando digo experiência empresarial, digo terem ocupado, numa qualquer empresa de grande dimensão (à escala tuga ou acima) um cargo de gestão ou que, por força da sua própria actividade, tenham desenvolvido actividades profissionais frequentes com pessoas que encaixem nessa descrição. Pessoalmente lembro-me de três pessoas cuja atitude e o jogo de cintura as identificam imediatamente com andanças numa esfera mais elevada de cultura empresarial e uma delas já nem anda no gamedev. Excluindo as que eu não conheço e não posso ajuizar, diria que mesmo assim, a média é baixinha.

Baixinha...

...mas não nula!

Reconheço no entanto que, DE FACTO, há problemas no portal GameDev-PT e que é obrigação da administração e da moderação a sua resolução. Para isso criámos um manifesto que garante aos utilizadores que pretendam usar o portal como ponto de encontro com outros gamedevelopers, um clima limpo e asseado. Enquanto moderador a única promessa que faço é que vou exercer os meus poderes como escrevo no Blodasse: curto e a doer a quem for necessário. Os que querem desenvolver jogos merecem-no. Se alguém se sentir incomodado, estou numa posição de que é melhor termos menos e melhores do que todos e merdosos. Se eu estiver errado, descansem que serei sumariamente distituido de funções. O manifesto, só pecou por ser tardio, isso não invalida que a sua aplicação seja pesada e dolorosa.

Quem quer desenvolver jogos é bem-vindo. Quem quer chafurdar nos fóruns ou elevar-se à conta da nossa comunidade vai ter perante si uma administração e uma moderação que já provaram a sua unidade, coerência e força. Resta saber se as empresas estão dispostas a trabalhar em prole de uma comunidade com provas dadas ou se por motivos estratégicos retirarão airosamente do portal. Se o fizerem, digo-vos com toda sinceridade, que não as censuro, mas peço-lhes que se lembrem onde é que começaram tantos dos seus projectos.

Última nota: nada disto é uma guerra do tipo "nós ou a Aproje", muito pelo contrário. Temos propósitos diferentes, somos entidades diferentes e métodos diferentes, no entanto e na sua essência o mesmo objectivo. Não se coloca aqui uma escolha a quem está envolvido no gamedev, quite the opposite. Aliás, nem revejo, embora fale a título pessoal, nenhuma incompatibilidade com a Aproje, apenas com a forma como os seus representantes trataram o portal GameDev-PT e quem o representa e gere.

Acho que me redimi de não ter postado ultimamente. Prometo aligeirar nos próximos dias. :)

22 julho 2007

A todos vós gamedev freaks...

...be warned... Spoing is coming.

19 julho 2007

Posso desabafar?

Desde há muito tempo para cá que deixei de expor partículas da minha vida pessoal na Internet. Nem sei porquê deixei de o fazer (e fazia muito e de muitas formas) de repente... deixei-me disso. Se acham que o Blodasse é pessoal mas transmissível, acreditem, e para quem me conhece pessoalmente não deve ser difícil imaginar, que é uma pequena amostra de quão público eu conseguía ser.

Terá sido porquê? Há muitos anos atrás eu era extrovertido em todos os meios onde me movimentava. Consigo identificar todos os momentos em que me fechei mais e mais na minha própria personalidade, contrariando aquilo que eu, essencialmente, sou. Isso retirou-me a irreverência e a natural extroversão.

Acreditem que esse facto me trouxe dissabores, porque não há nada pior do que alterarmos a nossa forma de ser, de estar e de viver porque o tempo passa e a realidade é, só aparentemente, diferente.

Eu sei que tu que lês isto e que me conheces através deste blog ou de alguma comunidade online que eu frequente não fazes a minima ideia o que quer isto dizer, ou onde quero eu chegar com este bla-bla-bla todo. Só quem me conhece à alguns anos é que entende do que estou a falar e por isso, desde já te apresento as minhas sinceras desculpas, mas não vou explicar num blog os motivos que me levam a escrever isto.

Só que são 22:51 da noite e eu, pela primeira vez em alguns meses sinto-me profundamente cansado e com o cansaço, em mim, vem alguma dificuldade em entender que está tudo bem e que finalmente tenho, outra vez, nas minhas mãos, toda a capacidade de ser feliz, realizado e voltar a ser extrovertido e público. Aliás, não tenho feito outra coisa.

Depois olho à volta e vejo nos exemplos de outros que talvez... só talvez... isto possa gerar algum tipo de mal-entendido. Quererei eu atenção? Importar-me-ei com as opiniões dos outros que possam, eventualmente, confundir o meu perfil extrovertido com algum tipo de necessidade dessa atenção? E a resposta é não! Não quero atenção e não me importo com a opinião de ninguém, excepto alguns, poucos, cuja opinião me interessa.

Sentir que recuperei a minha forma original de estar é algo muito complicado porque essa acentava como uma luva nos meus 20 e poucos anos. Agora tenho 30 e poucos. Soa a estranho, a infantil às vezes. Mas é com essa estranha forma de vida que eu me identifico e quem não gostar come só as batatinhas.

Era assim à 10 anos, mais coisa, menos coisa. E é assim outra vez.

18 julho 2007

A frase da noite vai para...

...Ernest Adams! e cito:

It would be nice if game design consisted of sitting around with your feet up and daydreaming about cool content and features, and I’ve met some designers who thought that was the whole job. It isn’t; they were slackers. The vast majority of design consists of figuring out the details.

Este tipo esteve hoje o dia inteiro nas minhas conversas. Foi anunciado no GD-PT que inserido num curso de verão da Lusófona vai haver um módulo dado por ele. Quando estava a debater esse mesmo tópico com o Kosmic, falámos sobre uma série de considerações de design, livros, yada yada yada...

E agora, quando já quase não é hoje, mas sim amanhã, o mesmo Kosmic manda-me um link sobre a importância dos design documents e lá estava outra vez o Ernest Adams.

Já agora, o link para o artigo: The Designer's Notebook: Why Design Documents Matter

Have fun!

Carta aberta ao meu dono

Querido Dono

Foi com grande tristeza que tomei conhecimento da carta pública que publicaste neste espaço. Pior, tive de ouvir pela boca da minha dona da tremenda humilhação pública que me fizeste passar.

Se não me estimas, há quem me estime! Há aquela senhora que diz que me leva para o Porto sempre que me vê, mas que nunca levou a verdade é essa... Mas há também a senhora do café que me dava pão até tu, SIM TU!, lhe teres dito para ela parar. Há as pessoas todas que passam por mim na rua e que se nota que me adoram!

E o que eu faço por ti! A energia que eu gasto cada vez que ficas fora de casa mais de 2 ou 3 minutos! As lambidelas que te dou nos pés, os mimos e as turrinhas que te dou só para que te sintas bem!

É esta a paga que eu tenho? Só porque uma ínfima percentagem das minhas cagadas não são onde deviam?! Quero saber o que é mais importante, o nosso relacionamento baseado num sistema hierárquico de respeito e amizade onde (ainda por cima) TU ÉS O ALPHA?! ou os pequenos deslizes onde terás de admitir tens quota parte de responsabilidade?

Posso não ser grande cão, mas também deixa estar... tu também não és grande dono!

Assinado
Giga

p.s.: Vamos à rua?! Vamos? Vamos?! Vamos à rua!! Vá lá! Vamos à rua!

A minha resposta à Segurança Social

Recordam-se, à uns posts atrás, que recebi uma cartinha da Segurança Social a dizer para pagar qualquer coisa que estava paga? Só para relembrar sem necessidade de voltar ao post, simplifico: a SS quer que eu pague uma suposta dívida referente a um período de Março a Agosto de 2002. Entretanto e porque a minha mulher é absolutamente extraordinária, encontrou-se o documento que comprova o pagamento do período de Fevereiro a Agosto do mesmo ano. É por isso estranho, dado que o pagamento foi feito de uma só vez, que me chateiem com um "sub-período" de um período pago.

A páginas tantas lê-se na carta da SS:

Mais se informa de que a não regularização da referida situação no prazo estabelecido, determina a cobrança coerciva da dívida, salvo se, no mesmo prazo, for invocado fundamento legal que justifique a sua inexistência.

Lindo não é? A minha resposta, acompanhada de cópia de documento comprovativo de pagamento em Dezembro de 2002 diz no fim:

Dado que a vossa notificação é referente ao período de Março a Agosto de 2002, gostaría de ser ressarcido do valor referente a Fevereiro, salvo se no mesmo prazo for invocado fundamento legal que justifique o pagamento realizado.

Meus amigos, amor, com amor se paga.

17 julho 2007

Hilariante, estúpido ou triste?

Vídeo de um dating service... sabem... gravam o vídeo e depois as pessoas vêem e tal...


G-Method

Back to gamedev!

Recebi hoje via IM, um vídeo que achei simplesmente sublime. Quem o encontrou e passou à malta foi o Kazuya, desde já o meu obrigado.

Se eu soubesse que o que se ensina e como se ensina nos cursos de gamedev por esse mundo fora, seguisse este método, sería o primeiro a dizer para a malta ir para as faculdades. Isto porque, fora algumas questões ligadas ao formalismo empresarial que é abordado na explicação deste G-Method, tudo é muito semelhante à forma como neste momento é abordado o desenvolvimento de jogos na equipa em que estou, ou seja, dado que sob o ponto de vista tecnológico o gamedev é um conjunto multidisciplinar de áreas todas elas complexas, a aprendizagem através da execução aliada à distribuição de tarefas e partilha de conhecimento levam, invariavelmente, a resultados positivos.

Mas melhor este senhor explicar do que eu.

Carta aberta ao meu cão

Querido Giga

Bem sei que estas coisas dizem-se olhos nos olhos e não por carta, mas da mesma forma que tu não me consegues responder de forma a que eu entenda, também não faz sentido que eu me dirija a ti de forma a que tu entendas, até porque já esgotámos essa linha de acção. Mas há coisas que têm de ser ditas e é por isso que o faço publicamente, porque se fosses um homo sapiens em vez de um rafeiro, as próximas linhas te encheriam de vergonha e, quissá, alterasses o teu comportamento.

Também sei que o teu comportamento só se vai alterar na base da porradinha no lombo e que tu não fazes ideia que escrevo isto enquanto me lambes os dedos dos pés, muito menos que há um potencial de milhões de leitores que irão saber e talvez até usar-te como exemplo negativo para os seus cães, do género "não sejas um Giga!". É mesmo pena que tu não saibas o que é a Internet, um blog e como isto pode afectar a tua imagem pública.

Giga... gosto muito de ti. És um companheiro como há poucos, mas tens de entender que não podes cagar nas cobertas das camas. Eu sei que finalmente atinámos com a tua alimentação e que por isso temos de mudar alguns hábitos de te levar à rua, mas tens de ter consciência (NOT!) que não é assim que se fazem as coisas. E por falar em levar-te à rua... não podes fazer fita quando eu te ponho o colete e a trela. Senão vais para o quintal que te lixas. Eu sei que o jardim é mais divertido, que podes ouvir e ver outros cães, mas quem manda sou eu. Eu sou o Alpha, eu tenho 70 quilos. Tu és um caganito com pêlo e tens 4 quilos e uns trocos.

Por isso Giga e por já teres 9 meses à data em que escrevo isto, ganha juízo, senão eu ofereço-to em nada suaves prestações de tiranos castigos, combinado?

Do teu dono que te adora
Dono

p.s.: SAI DE CIMA DA CAMA PORRA!

16 julho 2007

Segurança Social

Porra! Que o gajo já chateia! Mas não, eis que o motivo pelo qual o título do tópico é Segurança Social é outro.

Este que vos estime abriu o correio e lá estava uma cartita da Segurança Social. Após leitura atenta da mesma reparei que tinha de pagar 530€ e uns trocos. Esta dívida é referente a 2002. Sim... eu ponho de forma destacada:

2002

Mais precisamente de Março a Agosto desse ano, altura em que trabalhava por conta própria. A minha contabilista era a minha mulher, daí que foi fácil perguntar-lhe o que é que ela achava do episódio. "Impossível!" retorquiu ela e vai de se atirar às suas pastas como se não houvesse logo à noite, quanto mais amanhã. Enquanto isso eu liguei para a Segurança Social onde me confirmaram que eu era, na visão deles, um estupor de um caloteiro!

E não é que a minha mulher encontrou lá um pagamento feito via CGD de 600€ e uns trocos? É que como somos boas pessoas, ainda pagámos o mês de Fevereiro!

Ou seja, vou mandar uma cartinha aos senhores a dizer que já paguei... e que das duas, uma: ou não sabem fazer contas, ou os caloteiros são eles!

Já agora e para quem não entendeu, a minha mulher é absolutamente fantástica!

Ainda sobre a infertilidade e o aborto

Não quero de forma algum deixar a impressão que existe, na minha opinião, um confronto directo entre os dois pontos: infertilidade e aborto, mas as politicas governativas não me deixam outra hipótese que não a comparação dos dois.

Antes de continuar, reafirmo que sou a favor do direito de escolha da mulher.

Mas... o Estado vai gastar anualmente 6 milhões de Euros para fornecer de forma totalmente gratuita esse direito. Agora com números e tudo para vermos a dimensão deste número: 6.000.000€... pois é... montes de zeros!

Vamos a contas: uma FIV ou uma ICSI custam de uma ponta à outra, ou seja, desde a primeira consulta, passando pelos medicamentos, até à realização de um só procedimento 6.000€. Ou seja, ao longo de um processo médio de dois anos, custa, média anual, 3.000€ por casal o apoio médico às questões de infertilidade. Ou seja, contas redondas, o Estado podía apoiar 2.000 casais/ano. São qualquer coisa como 4.000 pessoas, podendo, haja sorte e uma ajudinha da mãe Natureza 6.000 a 8.000 pessoas/ano. Não estou a falar dos que podem pagar procedimentos, estou a falar dos que precisam de ajuda, dos que querem um filho, dos que vivem o drama de anos de amargura e depressão.

Já é um número relevante? E se juntarmos o custo dos submarinos? E se juntarmos o custo das obras inflaccionadas em 200 ou 300%?

E se finalmente juntarmos o custo a longo prazo da nossa Segurança Social? E se juntarmos os custos sociais do envelhecimento?

De repente, visto daqui, 6.000.000€ afinal não é nada... há jogos que facturam mais do que isto.

Magicar

Eu magico, tu magicas, ele magica... infelizmente nós não magicamos. Pode ser esta a conjugação verbal, com a notória liberdade literária, do verbo ainda por nascer: gamedever.

Eu magico um jogo, tu magicas um engine, ele magica um algoritmo, mas nós não magicamos todos juntos. O que é que falta aqui então que não permite a magicação compulsiva?

Em primeira mão e na minha opinião, a partilha de conhecimento. Há uma certa clivagem entre quem desenvolve profissionalmente e quem o faz por carolice ou hobby. Mal se passa de um barco para o outro, os diversos capitães das flutuantes naves, abrem os seus braços, condicionalmente, mas abrem. Mas cada grupo de barcos está em oceanos diferentes e são poucos os que se dão ao trabalho de passar víveres informativos de um lado para o outro.

Para piorar, as formas de passagem não estão devidamente alicerçadas. A grande estrada entre os dois oceanos é o gamedev-pt.net. Compreenderão muitos a sua importância, mas poucos as dificuldades que existem em manter um bicho daqueles a carburar.

Pessoalmente tenho planos para o gamedev em Portugal. Todos à minha dimensão, ou seja, ousados, mas firmes. Se tirarem dois minutos das vossas vidas para pensar no que falta de informação em português de desenvolvimento de jogos chegarão às mesmas conclusões que eu. Mas vamos por um instante partir do principio que as conclusões não são iguais... nesse caso, caro leitor e amigo, quais são, na tua opinião, as áreas de partilha de conhecimento com maiores faltas em Portugal?

Aguardo os teus comentários. Não escrevo para já os meus porque não quero de forma alguma interferir na tua magicação.

15 julho 2007

Estou absolutamente possesso!

Como é que é possível algumas pessoas acharem que são tão importantes que, qualquer opinião emitida por terceiros (neste caso eu), é feita com o único propósito de manchar a sua existência? O grande erro, no caso destas pessoas é terem um ego tão grande ou tão pequeno que precisam de o normalizar de alguma forma.

Olhem bem para mim... mas eu tenho pinta de psicólogo ou baby-sitter? Tenho bigode, pêra e um sofá? Ou um biberão e o comando da TV? Não! Então eu não sirvo para normalizar porra nenhuma! Pior... o meu egozinho também é um estupor do caraças e se há coisa que eu tenho é um feitio fedorento e quando me passam aqui nas vistas as Internoitadas diabólicas dos descompensados, eu afino.

E é que foi isso mesmo que aconteceu agora mesmo! E embora tenha dito que estava calmo, não estou... estou possesso. Por isso e dado que este canal é um ponto privilegiado para eu partir a loiça toda, aqui fica, mais ou menos ao vivo, mais ao menos a cores, mas totalmente personalizado:

Foi-me dito que usei a minha posição de moderador para incendiar ainda mais um tópico. Ao contrário da imagem que se tenta passar, não és importante o suficiente para que eu tenha qualquer propósito negativo em relação à tua pessoa. O que fiz em todos os fóruns e portais que criei ou fui administrador foi com o propósito de simplesmente cumprir a minha função. Não tenho agendas escondidas com pessoas que vou ajudar ou pessoas que vou mandar abaixo.

Eu... tenho vida... e tenho mais o que fazer do que estes joguinhos, ok?

Foi-me dito que o que eu disse não é verdade. Opiniões... são uma coisa fantástica, mas uma opinião não é verdade, nem mentira, é simplesmente uma opinião. Uma opinião, é como o cu: toda a gente tem, só dá quem quer.

Foi-me dito que eu gostei de mandar abaixo. Nem tinha reparado que tinha mandado abaixo. Aqui é uma questão de perspectiva. Abaixo, acima, ao centro...

E last but not least... antes de um forçoso "Ignore" no MSN ainda tive tempo de ler: "Eu não sou de ameaças..." e ainda bem, porque ameaças são coisas de gente cobarde. Já tive ameaças de me darem uma facada nas costas, de saberem onde eu moro e ameaçarem a minha família, de despedimento, de terminação sumária da minha carreira e até agora nenhuma se confirmou.

Eu sou frontal. Eu não apago o que escrevo. Eu não ameaço. Eu não faço jogos de bastidores. Eu sou franco e aberto.

E pronto, já não estou possesso.

13 julho 2007

Impostos, morte, aborto e infertilidade

Hoje é dia de rant e daqueles grosseiros e pejados de má vontade. Passo a explicar: para quem ainda não entendeu, desde à uns meses e por culpa da penalizadora acção do Estado sobre a Segurança Social desde sempre, vamos ter de trabalhar mais anos e ao fim desses "mais" anos, receberemos menos dinheiro da nossa reforma.

Para quem esteve mais desatento, isso acontece porque o Estado, ao contrário de tantos países ao nível do nosso, não usa a Segurança Social como as entidades privadas usam os fundos de pensões, ou seja, como gestor do nosso investimento para uma segurança financeira na velhice. Ou seja, os nossos impostos, que deveriam assegurar a sustentabilidade desses investimentos, são usados de outra forma. Não aponto o dedo a nenhum governo em concreto, nenhum deles, tanto quanto sei, fez o que tinha a fazer.

Nessa ponta do iceberg estão os idosos pensionistas. Ora estes são cada vez mais em termos absolutos e relativos. Porquê? Porque os estupores dos velhos não morrem porque a medicina continua a avançar! E Ainda bem!

No entanto, no mundo ocidental o número de filhos por casal diminui todos os anos. Uns por opção, que eu aceito, outros por problemas de infertilidade. São centenas de milhares de pessoas que são afectadas. Quanto custa um tratamento? Um a quatro anos e até várias dezenas de milhares de euros. Agora vem a parte fodida: quanto custa abortar? Nada. Nem aquela taxa taralhouca dos hospitais. E qual é o apoio do Estado para os casais inferteis? Nenhum, excepto se decidirem usar os serviços do Estado ( com taxa moderadora ) e estiverem dispostos a aguardar anos pela sua vez.

Coitado do Estado que nem pode fazer mais nada... Ah! Esperem! O Estado pode obrigar as companhias seguradores a darem suporte aos casais inferteis! Até porque as seguradoras pagam, por exemplo, cirurgia estética, mas não tratamentos de infertilidade. Vamos ter cada vez mais velhos cada vez mais bonitos!

Liguem os pontos e vejam até que ponto é que o envelhecimento da população vos vai afectar daqui a 30 anos e decidam-se a ajudar quem precisa. Da mesma forma que defendo que uma mulher tem direito ao aborto e tem direito a ser apoiada na sua escolha, da mesma forma que considero que a cirurgia plástica pode revelar-se como uma diferença fundamental na qualidade da vida psicológica de uma pessoa, defendo que os casais com dificuldades tem de ser apoiados JÁ!

É o nosso futuro a muitos niveis que está em causa. Por favor, juntem os pontos.

10 julho 2007

Comparando custos de desenvolvimento

Parece-me que há pouco entendimento sobre o que representa, regra geral, a indústria dos videojogos para os developers e freelancers portugueses. Representa uma fórmula de potencial sucesso que, bem aproveitada, poderá ser uma das mais importantes exportações de produtos e serviços.

Podemos andar distraídos ou não querer saber disso, mas, em comparação com alguns dos países que mais produzem, a nossa mão de obra é extremamente barata. Lembro-me, à cerca de um ano, ler num fórum (salvo erro o Indie Gamer) que desenvolver casuais não era uma forma de subsistência porque os cerca de 4.000€ mensais que cada um dos elementos da equipa auferia mal dava para pagar as contas.

Partindo do principio que conhecem o mercado de trabalho em Portugal, saberão que são raros os quadros médios qualificados que ganhem metade disto.

Também sei que há quem entre no mundo dos videojogos com uma projecção pessoal de riqueza e fama e este número será proventura uma desilusão. Mas juntando uma boa dose de trabalho ao custo de vida que temos, até nos principais centros urbanos, conclui-se que é possivel produzir o mesmo, naquele mercado, por um custo inferior.

Sim, sim... a TVI diz que custa muito viver em Portugal, eu sei, eu sei... antes de bujardarem, considerem todo o post, ok? :)

09 julho 2007

Spoing!

O Spoing é um movimento criado por um amigo meu, conhecido internacionalmente por Kosmic Khaos.

Tem como principio base a reprodução, na forma oral ou escrita, desta onomatopeia de sonoridade característica. No entanto, no meio da sua aparente fragilidade existencial, há uma agenda escondida, um propósito...

( e lá ao fundinho ouve-se um dantesco e maquiavélico... muwahahahahah! )

Ora... esse propósito, tal como eu o entendo, é a substituição do já velhinho Eureka! imortalizado pelo Einstein, reconhecido génio responsável pelo desenvolvimento de umas fórmulas porreiras e das bombas que lixaram com F maíusculo Hiroxima e Nagazaki.

A forma de utilizar o Spoing é simples. Trocar toda e qualquer expressão corriqueira por Spoing. Bom dia, olá, sim e obviamente Eureka! só para dar uma ideia.

Agora está nas vossas mãos! Join the Spoing movement!

Estatística

Reparei, depois de ter feito o tag das blogadas, que, à 72ª, existem 21 com disparates, 17 de índole pessoal e 17 relacionadas com gamedev.

Se não acham preocupante que um gajo com a minha idade tenha como maior parte da sua mensagem, disparates, ficando num pouco dignificante 2º lugar aquilo que lhe é intimo e o seu trabalho, então, tal como eu, estão destinados a serem felizes e a deixarem para trás as contrariedades e filhas de putice que a vida tem para vos oferecer.

Sim, é algo filosófica esta blogada e como vem de lá do fundo, tem um fedor que não se atura.

p.s.: Quando publicar isto ficarei com mais um disparate e mais uma blogada pessoal... que é como quem diz, para fazer isto, não estive a trabalhar. Spoing!

As coisinhas que me passaram na mona estes últimos dias...

Olá! Estão bons?! Espero que sim!

Estou indignado com o "dono" do Blodasse! Eu sei que o gajo teve para aí uma dúzia de tretas que lhe aconteceram, entre o disparate e o quotidiano, dignas de imortalização blogueira. No entanto, quis a falta de tempo, a meias com uma tremenda motivação laboral e com algumas questõezinhas (zorras a bem dizer) pessoais, que ele não o fizesse... a besta!

Entre essas coisinhas, houve um cagalhoto do qual o cão se tentava desesperadamente livrar mas que se encontrava preso por um cabelo que o mesmo tinha ingerido anteriormente. Digam lá se isto não merecia uma blogada?! Claro que sim!

Houve também politica, como por exemplo um senador norte-americano ter perguntado ao senado se o presidente do EUA tinha de ir dar explicações a esse orgão. Pessoalmente dou a este senhor o DUH! do mês, mas a besta que gere... isto... não blogou. O estupor!

Ou o apredejam ou se eu o apanho faço-lhe e aconteço-lhe!

Tenho dito!... que agora 'tá muito na moda ter o dito... preso numa gaveta...

Blodasse!

08 julho 2007

Grande Update

Hoje juntei tags ao blog. Etiquetas para quem gostar mais da expressão tuga. Assim está tudo organizadinho. Escusam de andar à procura das coisas do Giga, é só clicar ao lado, assim como Rants e Disparates, sempre divertidos de ler.

O que acham meninos? Fiz bem?! Estão contentes? Yupi!

Opiniões extremadas...

Já repararam como o confronto de opiniões, seja em que contexto for, se tornou obsessivamente extremista? Não estão cansados de participarem em conversas onde o vosso interlocutor não ouve? Eu estou. Embora reconheça que tenho uma argumentação de certa forma caustica, também sei quando anuir com as opiniões dos outros.

Depois uso a máxima "nas costas dos outros vejo as minhas" e reparo que as pessoas que têm a capacidade de ver outro ponto de vista que não o seu recebem, inevitavelmente pelas costas, os rótulos de inconsequentes ou são premiadas com frases como "eu é que sei e o gajo teve de concordar".

Blodasse... mundozinho cão...

07 julho 2007

Mea Culpa

Bem sei que não tenho postado e isso normalmente representa o fim das visitas dos "habitues" de um blog.

Não quero nada que isso aconteça ao Blodasse, mas também entendo que este blog nasceu numa altura em que estava demasiado irritadiço e queria ter algo que puxasse pela minha boa disposição.

Por isso e neste momento tento equacionar o que quero fazer do Blodasse, ao mesmo tempo que ando a magicar uma coisita nova.

É que não sei se alguém reparou... mas a informação sobre a produção interna de um jogo é praticamente inexistente. São muitos os livros sobre GameDev, mas poucos os que valem a pena e grande parte deles são relativamente obscuros relativamente à sua exposição.

Bom... aqui fica o mea culpa e a promessa de mais atenção ao Blodasse e novidades no futuro.

03 julho 2007

Frase do Dia é:

Pah... estou a limpar o TGB, aquela tralha toda que arranca e a cena é disto é mais badalhoca que a passarola da Estrugilda Quenga, a putéfia do 3º esquerdo.

Sim, eu sei que já não posto faz muito tempo e que agora que quebro o jejum escrevo uma asneirada destas, mas pronto... c'est la vie.