17 julho 2007

Carta aberta ao meu cão

Querido Giga

Bem sei que estas coisas dizem-se olhos nos olhos e não por carta, mas da mesma forma que tu não me consegues responder de forma a que eu entenda, também não faz sentido que eu me dirija a ti de forma a que tu entendas, até porque já esgotámos essa linha de acção. Mas há coisas que têm de ser ditas e é por isso que o faço publicamente, porque se fosses um homo sapiens em vez de um rafeiro, as próximas linhas te encheriam de vergonha e, quissá, alterasses o teu comportamento.

Também sei que o teu comportamento só se vai alterar na base da porradinha no lombo e que tu não fazes ideia que escrevo isto enquanto me lambes os dedos dos pés, muito menos que há um potencial de milhões de leitores que irão saber e talvez até usar-te como exemplo negativo para os seus cães, do género "não sejas um Giga!". É mesmo pena que tu não saibas o que é a Internet, um blog e como isto pode afectar a tua imagem pública.

Giga... gosto muito de ti. És um companheiro como há poucos, mas tens de entender que não podes cagar nas cobertas das camas. Eu sei que finalmente atinámos com a tua alimentação e que por isso temos de mudar alguns hábitos de te levar à rua, mas tens de ter consciência (NOT!) que não é assim que se fazem as coisas. E por falar em levar-te à rua... não podes fazer fita quando eu te ponho o colete e a trela. Senão vais para o quintal que te lixas. Eu sei que o jardim é mais divertido, que podes ouvir e ver outros cães, mas quem manda sou eu. Eu sou o Alpha, eu tenho 70 quilos. Tu és um caganito com pêlo e tens 4 quilos e uns trocos.

Por isso Giga e por já teres 9 meses à data em que escrevo isto, ganha juízo, senão eu ofereço-to em nada suaves prestações de tiranos castigos, combinado?

Do teu dono que te adora
Dono

p.s.: SAI DE CIMA DA CAMA PORRA!

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