24 novembro 2007

Jogos, Analog Media e New Media

Visitei dezenas de sites e blogs a semana passada. O objectivo das minhas buscas era desenvolver contactos comerciais, de marketing, etc. Acabei por encontrar mais do que isso. Devido a um blog (cujo link não forneço porque infelizmente não gravei) descobri que existem empresas de agenciamento de game development, quer para empresas contactarem e terem um plano de evolução para empresas, quer para talentos (principalmente de desenvolvimento de conteúdos) serem recrutados à laia de agenciamento artistico.

O que esse blog dizia era que corraíamos os perigo de o desenvolvimento indie ser absorvido pelos grandes interesses económicos. Já o vemos através dos agregadores para os grandes portais de conteúdos de New Media como a MSN e a Yahoo.

Na minha opinião vamos sim caminhar para aquilo que todos os sectores da Analog Media (cinema, música, etc) já têm: as super-produções, as pequenas produções e as produções independentes. Os New Media, através dos seus conteúdos, mostraram até que ponto se pode usar a máxima do "power to the people". É inegável que desde o YouTube à comunicação social alternativa, é mais fácil aplicar a máxima "power to the people" através das novas formas de difusão do que das antigas.

Ao contrário dos que acham que vamos todos desaparecer, vejo aqui um mundo de oportunidades, basta seguir o exemplo dos nossos irmãos Analog Media mais velhos. Primeiro, vale a pena fazer como hobby, há muita gente que apreciará o nosso trabalho. Segundo, vale a pena procurar nichos, porque os nichos não procuram os conteúdos que querem no mainstream. Terceiro, vale a pena criar os nossos próprios meios de distribuição.

Não quero dizer com isto que não devemos perseguir e tentar entrar nos meios de distribuição mainstream, como as soluções com packaging e box-moving ou os tubarões da distribuição digital como o Steam ou os portais (cada vez menos) casuais. Quero sim dizer que assumirmos que o desenvolvimento independente vai acabar porque o negócio está em grande parte com os grandes interesses económicos é o mesmo que dizermos que não podemos escrever uma música e ir à procura de outras soluções, de baixo, para cima.

2 comentários:

Unknown disse...

"vale a pena fazer como hobby"
Gostei da frase. Os meus amigos perguntam-me porque é que eu programo e eu digo que é por gostar, um hobby como qualquer outro. A minha resposta mais recente é: Programar é como um jogo de puzzles, ficamos ali meia hora a tentar ver se dá certo, e quando dá ficamos todos felizes.
Em relação ao resto não tenho nada a dizer, ando a tentar pensar o minimo possivel no futuro (sendo o minimo o estudar para entrar na universidade)

DiogoNeves disse...

Eu li ontem o post e só vou responder hoje por isso corro o perigo de dizer qualquer coisa que não tem muito a ver mas aqui vamos lol...

A meu ver, cada vez vai haver mais "liberdade de expressão", o mesmo aconteceu com o cinema! Até agora é que tem sido mais difícil o desenvolvimento indie por muitas razões que não vou ter tempo para listar... mas com o aparecimento de coisas como XNA, Game Makers mais desenvolvidos, etc. Vai ser muito mais simples qualquer um experimentar e mostrar as suas ideias, daí até um jogo indie com qualidade, ainda vai uma grande distância é verdade... mas nunca estivemos tão perto!

O post foi pouco profundo lol