01 novembro 2007

O fedor

Ainda não eram nove da matina. O feriado e um par de tarefas que tínhamos pela frente, convidaram-me a mim e à minha mulher a ir tomar pequeno almoço ao café.

Abancámos as nalgas nas cadeiras com vista para o local onde o Giga ficou à nossa espera e esperámos que viesse do lado de lá do balcão a torrada, o bolo e as bebidas à base de leite, fosse ele chocolatado ou com café.

Estava um vento fresco... a roçar o ligeiramente desagradável pelo que a minha mulher pediu se podia fechar a porta. Ao anuir do dono do café, assim fez. Olhei para as gordas de um jornal desportivo e olhei para o Giga no exacto momento em que movimentou a cabeça no sentido de um odor vincado, tanto quanto o movimento que é feito por qualquer cão nesta situação... estranhei mas não demorei a entender; foi só esperar que se abrisse a porta do café e que por ela entrasse o portador de tal odor.

Entrou e encostou-se ao balcão. Ele e os litros de água de colónia baratucha. Era tal o fedor que acho que gostaria mais de ser brindado pelo sovacame matinal da criatura. Mas lá estava ele, em todo o seu esplendor, de cabelo lambido e transbordante fragrância ao mais puro e perturbante patchouli.

Passaram-me duas coisas pela cabeça... como é que a minha mulher, cuja gravidez lhe tem conferido um faro melhor do que o do Giga, estaria a suportar aquilo. Não demorou muito a que ela deixasse sair "oh Ricardo... aquele homem manda um pivete!" e fiquei a saber. A segunda foi "tenho de escrever isto no Blodasse" e aqui está.

2 comentários:

Raistlin disse...

...e aqui está um comentário.

WhiTdeMoN disse...

brutal...para a proxima levas uma cd de pimba...e dizes "tas a ver tas?" e lança-lo para fora do café que ele vai atras feito Giga... ^^