03 agosto 2007

O cachopo

Era uma vez um grupo de miúdos e tinham sonhos o raio dos putos. Queriam fazer jogos de computador os mariolas! Apareci eu, como se fosse daqueles tios novos, com mais alguma experiência nalgumas coisas, mas definitivamente menos experiência na programação dos infernos. Havia uma coisa que sabia: aqueles miúdos tinham qualquer coisa... não todos, mas alguns deles. Outros... erm... vinham por arrasto e honestamente pareciam-me demasiados a certas alturas.

Estava decidido que havia algo para fazer com eles e no meio da excitação apercebi-me que haviam muitos planos diferentes. Preocupante sim, mas... ok, geria-se. O problema foi que por muito que eu tentasse resolver, não havia nada que indicasse que alguém estava de facto empenhado em fazer fosse o que fosse.

Não tardei a afastar-me e embora eu não tivesse nenhum papel operativo na questão, o projecto não avançou.

Depositei as minhas esperanças num dos jovens. Para o futuro talvez. Quis o tempo demonstrar-me que estava errado. É que lá no meio do grupo havia um cachopo que, virtuosismo técnico à parte (que tinha e tem e muito) conseguia aglomerar uma pipa de defeitos com os quais todos os outros tinham aprendido a viver, mas que eu, por não o conhecer de guerras mais divertidas e por não ter idade para o aturar, simplesmente detestava. Sobrava uma simpatia natural pelo cachopo porque era (e é) bom gajo, tinha era aquele conjunto filho da quenga de defeitos que profissionalmente me limavam a mona.

Do jovem em quem eu depositava esperança não vi nada até que a esperança, foi a ultima de facto, mas quinou de suicídio natural involuntário (façam um esforço por entender esta, ok?) e eu, que segui a minha vida deixei de ter esperança no sangue demasiado novo dos developers portugueses.

Até que um dia recebo um mail. O proposto para o projecto, o tal que se foi, estava ali, perante os meus olhos e na forma de um rar, com um enorme texto, entre justificações e subliminarmente involuntários pedidos de ajuda.

Hoje li esse mail outra vez, assim como a minha resposta e o dedo apontado, frio e calculista aos defeitos que eu tanto odiava. Humildemente aceitou o que eu escrevi, respondeu e hoje trabalhamos juntos. Tem muito para aprender é certo, mas limou os defeitos e claro, ganhou outros, menos graves e igualmente limáveis.

O que é verdadeiramente fantástico nesta história, além da total veracidade, é ter hoje reparado, por entre o script que escrevo, no desproporcional crescimento profissional e pessoal de um cachopo tresloucado num profissional que conquistou o seu espaço, não do zero, mas de pontos francamente negativos. Aconteceu com tamanha naturalidade que nem topei.

E aí está ele, bem-vindo e bom trabalho, cachopo.

4 comentários:

DiogoNeves disse...

Man... não sei quem o gajo é mas... deve ser uma "besta" ihih

ahh, se fosse o gajo, era já pá porrada!!! ;)

Marco disse...

Mas que defeitos? este vlad tem um olho pa criquice!!! tudo bem que aqueles caracoisinhos são gays pá... mas ja nasceu com ele! que se vai fazer? rapar o cabelo ao rapaz? e ficava MiniVlad? loirinho e quem em vez de lol diz "ihihih"? acho que isso ainda era defeito maior!

DiogoNeves disse...

realmente!!! Quem é que diz ihih? A gajos mesmo trollssss porra...

é o que digo, deve ser uma besta!
ihih

Vlad disse...

Vcs são uns gajos do cacete...