29 março 2007

O meu amigo imaginário...

Se fossemos acreditar em tudo o que os media dizem, ainda estávamos a sair da era negra causada pela passagem de ano de 1999 para 2000, o Colina tinha de facto dado uma opinião sobre a arbitragem portuguesa, metade da população portuguesa estava presa, tínhamos governos novos todos os quinze dias, tínhamos cerca de cem vezes mais casamentos, namoros, fornicanços de famosos e de facto os D'Zrt eram uma banda.

(recuperar folego)

A Amazónia já se tinha acabado meia dúzia de vezes, o bacalhau tinha-se extinguido (embora estranhamente só seja espécie ameaçada no Natal), tínhamos morrido da gripe das aves, da peste suína africana, da doença das vacas loucas ou de todas elas e a Sida não era uma doença desenvolvida em laboratórios militares, mas sim e como nos querem fazer acreditar diaramente, uma doença de gente pobre, socialmente ou comportamentalmente diminuída.

(recuperar folego)

Salvam-se as poucas publicações que ou são mainstream e sérias, ou de nichos e obrigadas à qualidade de ter um público conhecedor, ou a alternativa que em Portugal não conheço.

O que os media generalistas que vendem milhões querem é dizer-nos com letras gordas e palavras caras, ditas ou escritas por quem parece ter alguma credibilidade mas que de facto tem apenas um chavão, uma cara reconhecível ou é assumidamente populista:

"O meu amigo imaginário acha que tu tens problemas..."

Blodasse... problemas tem quem controla os mass media, baluarte vital de qualquer democracia e quem neles acredita.

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