23 dezembro 2008

A minha filhota tem uma coisa para vos dizer...


BOM NATAL E UM EXCELENTE 2009!

19 dezembro 2008

A beleza do totalitarismo

Ao ouvir ontem a TSF apercebi-me da extraordinária beleza do totalitarismo! Segundo a notícia desta rádio, Robert Mugabe decretou o fim da epidemia que tem vindo a assolar o país. Digam lá se isto não é absolutamente genial?! Há um problema? Decreta-se o fim do problema!


Imagino que o homem tenha uma agenda preenchida e que por isso faltará decretar outras coisas, tipo imprensa livre, eleições a sério e tal, mas tenho de lhe tirar o meu chapéu por este fantástico decreto presidencial.

O nosso presidente que ponha os olhos neste lindo exemplo e decrete o fim da crise, das injustiças sociais e dos programas de Natal dos Hospitais, esse enorme flagelo!

12 dezembro 2008

Nostalgia


Vou-vos contar uma coisa... hoje (aliás no ultimo ano para aí) deu-me para uma de nostalgia. Não nostalgia parolita do género "quando eu era novo é que era bom" e tal. A minha nostalgia tem um ponto dominador: a música. Já por uma vez tive aqui um desabafo sobre a minha confessa amante. Foi uma forma de pôr um ponto final num impulso... mas ela voltou. Voltou porque nessa altura eu comecei a re-editar uma certa música e não correu muito bem e fui buscá-la porque o Alex, meu melhor amigo e companheiro destas guerras me mandou umas fotos... com uns anos. :)

Puxem por isso uma cadeira ou uma almofada, pequenitos e sentem-se à volta da lareira que o Tio Vlad vai-vos contar uma história.

Uma vez fui convidado para ir tocar com uma banda que se estava a formar e que tinha combinado uma jam para a malta se conhecer. A jam acabou por ser uma sessão de uns a mostrarem "truques" a outros e dei por mim a "dar uns toques" com o baterista. Daí nasceu uma banda cuja primeira música deu nome à própria banda: John Doe. Mais tarde formei a banda que me definiu enquanto compositor, instrumentista e performer: os Outofsound que tiveram como sua primeira música o John Doe, importado como tantas outras dos originais John Doe.

Foi a banda com que mais toquei ao vivo, foi a banda como que mais produzi. Foi a banda que, admito, girou à minha volta e foi a única em que foi percéptivel o meu amadurecimento a vários niveis.

Há alguns meses, revisitei os Outofsound. O objectivo era tirar o que me irritava: a voz e adicionar aquilo que considero ser o esplendor máximo deste projecto: a sua capacidade de não estar restrito às definições do género... complicado não é? Eu explico... eu acredito que música é um conjunto de silêncios rodeados de som, acredito que não precisa de passar nenhuma mensagem, acredito que não há nada extremo nem impossível. Amante de metal como sou, isto queria dizer que eu me obriguei a aprender a produzir algo com que me identificasse - metal - sem ter de caír na discussão dos circuitos underground, do que é trve ou vendido ou seja lá o que for.

Por isso, aqui fica o meu sincero obrigado aos que partilharam comigo este caminho, desde os John Doe originais até à última formação dos Outofsound: André, Ivo, Gonçalo, Alex, Cristiano e Sónia e para estes em especial e para vocês, claro, a última encarnação da minha primeira música.

10 dezembro 2008

BloDevTunZ e novas features...

Os créditos a quem é devido: a ideia dos coelinhos cor-de-rosa num FPS é do Kazuya (aka Marco Vale)

09 dezembro 2008

Conversa com um jogador que quer fazer jogos

Este post vem a propósito desta thread que abri no GD-PT mas por motivos diferentes. Fui ao almoço convivio do Orion's Belt à umas semanas atrás. Por defeito de fabrico, cheguei cedo. A única pessoa que estava à porta era um jogador do OB que se prontificou a apresentar e a perguntar o meu nick.

"Não jogo... sou da empresa que está a trabalhar nos gráficos do OB2?" disse com um sorriso e, admito, uma certa satisfação.

A conversa alongou-se entre jogos e o desenvolvimento dos mesmos até porque o meu companheiro de cavaqueira mostrou interesse em no futuro desenvolver apesar de nunca ter feito uma linha de um jogo. Disse que actualmente faziamos principalmente jogos flash, retorquiu:

"Ah! Não! Eu quero fazer jogos mas é a sério."

Ofendeu-me mas já estou a ganhar algum calo, se até dentro do gamedev nacional há quem pense assim, porque não um jogador pensar o mesmo? "Flash não são jogos a sério porquê?" retorqui... "Porque não podes, sei lá, por exemplo, jogar com outras pessoas e ligar-te a bases de dados nem tem gráficos 3D"

Sorri e disse-lhe, "Um jogo é um jogo quando fizeres um vais ver, mas olha... o Flash, suporta comunicações que permitem multiplayer, ligações a bases de dados e 3D. Há muitos profissionais a fazerem jogos sem serem jogos com brutos gráficos e mundos 3D, né? Nós ganhamos o nosso dinheiro do mercado gratuito, por exemplo."

E a conversa foi interrompida com a chegada da malta para o almoço e ficámos por ali. Não me ofende a ignorância, ofende-me a certeza com que se diz que o que fazemos não é "a sério" porque essa pessoa, eventualmente, um dia, quem sabe, vai experimentar o XNA. Entristece-me que se ache que o mercado AAA é onde as empresas de desenvolvimento mais têm sucesso, quando na verdade é onde mais abrem falência e que tudo o resto, seja o que fôr, é menor, fácil e impossivel de gerar receita.

Não quero que fiquem com a ideia que este jovem é mal intecionado ou má pessoa. É sim alguém que não sabe, como 99% dos jogadores, mas que, como 99% dos jogadores assume que entende de jogos porque os joga.

Espero ansiosamente pelo dia que sejam capazes de olhar para mim nos olhos e não acharem que sou maluco por fazer jogos como muita gente faz. Também espero ansiosamente pelo dia em que haja o reconhecimento do jogo, tal como fez a revista Time, em vez do mercado. Demora muito ou pouco? Não sei, espero que pouco.

02 dezembro 2008

Tutorial de Planeamento

Eis que me deu uma travadinha na mona e na semana passada escrevi um tutorial de planeamento de desenvolvimento de jogos. Estes tutorial aplica-se a equipas e projectos de dimensão reduzida, por isso qualquer coisa que tenha mais de 10 pessoas e um tempo de desenvolvimento superior a 6 meses pode não se adequar a um tratamento tão had-oc.


Aqui fica o link e divirtam-se.