Nem sei bem que horas eram, também não é relevante para a história. Sei que estava num dos sofás da sala, nos quais se enquadra uma mesa de café, daquelas baixas todas modernaças. Por cima da mesa, uma toalha amarela e azul que embora destoando da restante definição cromática da sala permite que se coloque lá um objecto que recentemente entrou no meu quotidiano: uma espreguiçadeira, aparato onde se depositam bebés para que estes desfrutem do mundo sentados mas aconchegados.
E aconchegado estava eu no sofá quando noto que a minha filha começa a desenhar no seu pequeno rosto um esgar de desconforto... quiçá fome, que neste contexto é tão irrelevante quanto as horas. Antes que pudesse tomar conhecimento do que se passava, já ela chorava desconsolada. O aconchego da cena tornou-se o tumulto relativamente comum dos à pouco nascidos e queixava-se a pequena, como sabia, de goela aberta para que mãe e pai a acudissem.
A velocidade de precipitação dos pais sobre a espreguiçadeira foi rápida mas a solução da crise não estava ainda identificada quando aparece o cão, de brinquedo na boca. Não um brinquedo, mas O brinquedo. Aquele já nojento pedaço de borracha roxa tantas vezes usado, mordido, gasto. Foi um dos primeiros e ainda hoje, reduzido a parte do seu tamanho original, é dos favoritos do cão.
E se as horas ou o motivo da crise de choro não são relevantes, porque é que é o brinquedo do cão? Porque o cão perante o choro da menina, foi buscar o seu brinquedo favorito e com toda a ternura, depositou-o na espreguiçadeira e de seguida aproximou-se de mim e saltou-me para o colo à espera da festa merecida.
Foram 30 segundos dignos de um filme, daquelas cenas que passam em câmara lenta e que fazem os menos insensíveis chorar aquela lágrima que se esconde mesmo ao cair dos créditos. Foi um momento absolutamente delicioso sem repetição ou reposição possível numa qualquer matiné da tarde televisiva.
E aconchegado estava eu no sofá quando noto que a minha filha começa a desenhar no seu pequeno rosto um esgar de desconforto... quiçá fome, que neste contexto é tão irrelevante quanto as horas. Antes que pudesse tomar conhecimento do que se passava, já ela chorava desconsolada. O aconchego da cena tornou-se o tumulto relativamente comum dos à pouco nascidos e queixava-se a pequena, como sabia, de goela aberta para que mãe e pai a acudissem.
A velocidade de precipitação dos pais sobre a espreguiçadeira foi rápida mas a solução da crise não estava ainda identificada quando aparece o cão, de brinquedo na boca. Não um brinquedo, mas O brinquedo. Aquele já nojento pedaço de borracha roxa tantas vezes usado, mordido, gasto. Foi um dos primeiros e ainda hoje, reduzido a parte do seu tamanho original, é dos favoritos do cão.
E se as horas ou o motivo da crise de choro não são relevantes, porque é que é o brinquedo do cão? Porque o cão perante o choro da menina, foi buscar o seu brinquedo favorito e com toda a ternura, depositou-o na espreguiçadeira e de seguida aproximou-se de mim e saltou-me para o colo à espera da festa merecida.
Foram 30 segundos dignos de um filme, daquelas cenas que passam em câmara lenta e que fazem os menos insensíveis chorar aquela lágrima que se esconde mesmo ao cair dos créditos. Foi um momento absolutamente delicioso sem repetição ou reposição possível numa qualquer matiné da tarde televisiva.
5 comentários:
É bom saber que está tudo em sintonia.
talvez os humanos se devem começar a preparar para partilhar a racionalidade, que achamos que é exclusiva, com outros animais!
BOA GIGA!!! BOTA GIZ!!!
Os nossos amigos de 4 patas são um espetáculo. Superam em muito mtos humanoídes (q de humanos tem pouco) q conheço. Festas para o Giga e Bjs para ti, para a Lagoa e para a vossa mais q tudo
É por estas e por outras que eu sou uma adoradora de cães!
Porque são lindos, inteligentes, meigos e carinhosos! Porque já tive várias provas de que são os melhores amigos que podemos ter!
Beijocas e obrigado por partilhares, esse momento tão doce!
Os cães são mesmo assim, é pena que alguns homens não o entenda...
Beijinho
Enviar um comentário