Por muito estranho que vos possa parecer, fora algumas excepções e naturais tropeções, não considero que tenhamos tido algum governo verdadeiramente mau. Antes que comecem a vociferar, deixem-me explicar.
O problema dos lideres portugueses, sejam eles políticos, patrões ou gestores é não entenderem ou não aplicarem que a motivação é uma questão de recepção da mensagem. Se o emissor não a souber passar, o receptor desmotiva. O que eu acho extraordinário não é a falha de uma mensagem, é a falha consecutiva de TODAS as mensagens. Querem ver?
Os governos dizem uns atrás dos outros que temos de fazer sacrifícios para levar o país para a frente, para modernizar, para whatever. Ora... podemos gostar muito disto, mas será que nos identificamos com o nosso país? Eu acredito que nos identificamos individualmente como portugueses, mas não colectivamente com Portugal, excepto com a Selecção e mesmo assim, há quem discorde. Não temos o orgulho dos espanhóis que gostam mais do país, mesmo que em regiões, do que uns dos outros, a cegueira da bandeira dos americanos ou a arrogância dos alemães. Projectamos o ser português no que deveríamos ser sem nos identificarmos com o que somos. Independentemente das causas ou das soluções, o emissor deve levar isto em conta.
E passado algum tempo, o que foi feito, tem à partida resultados e dizem então os governos: "o nosso executivo fez bla bla bla" e relegam para segundo plano todos nós que pagamos impostos, que temos menos saúde, menos ensino e menos justiça. Será que o grande esforço, o grande sacrifício não foi nosso? É o mesmo que termos um chefe que toma para si o fruto do nosso trabalho e o mostra aos directores. Falha de comunicação do caraças não acham?
Depois desta turbulência, o que é que sobra? O balanço e esse é sempre anti-motivador. Atingir um objectivo pressupõe uma recompensa e embora tenhamos tido muitas, basta ver onde estávamos à 20 anos atrás, nenhum governo se dá ao trabalho de o dizer de uma forma coerente, a única coisa que diz é normalmente "temos de continuar com os sacrifícios".
Ou seja, impõe-se um objectivo sem discussão, não se partilham os louros do que se fez bem e não se anunciam as recompensas quando o objectivo é atingido. Vão à secção de gestão de QUALQUER livraria e vão encontrar quilos de livros que dizem que isto é ERRADO! Por isso não é de espantar que a população não se reveja no país e ache que a classe politica não é digna da nossa confiança. Não é pelo que fazem ou não até porque aposto que para cada erro que apontarem de governo, qualquer governo, eu consigo encontrar duas medidas positivas, mas sim pela mensagem que passam que é errada e desmobilizadora de um país que precisa de gente motivada e orientada para o futuro.
O problema dos lideres portugueses, sejam eles políticos, patrões ou gestores é não entenderem ou não aplicarem que a motivação é uma questão de recepção da mensagem. Se o emissor não a souber passar, o receptor desmotiva. O que eu acho extraordinário não é a falha de uma mensagem, é a falha consecutiva de TODAS as mensagens. Querem ver?
Os governos dizem uns atrás dos outros que temos de fazer sacrifícios para levar o país para a frente, para modernizar, para whatever. Ora... podemos gostar muito disto, mas será que nos identificamos com o nosso país? Eu acredito que nos identificamos individualmente como portugueses, mas não colectivamente com Portugal, excepto com a Selecção e mesmo assim, há quem discorde. Não temos o orgulho dos espanhóis que gostam mais do país, mesmo que em regiões, do que uns dos outros, a cegueira da bandeira dos americanos ou a arrogância dos alemães. Projectamos o ser português no que deveríamos ser sem nos identificarmos com o que somos. Independentemente das causas ou das soluções, o emissor deve levar isto em conta.
E passado algum tempo, o que foi feito, tem à partida resultados e dizem então os governos: "o nosso executivo fez bla bla bla" e relegam para segundo plano todos nós que pagamos impostos, que temos menos saúde, menos ensino e menos justiça. Será que o grande esforço, o grande sacrifício não foi nosso? É o mesmo que termos um chefe que toma para si o fruto do nosso trabalho e o mostra aos directores. Falha de comunicação do caraças não acham?
Depois desta turbulência, o que é que sobra? O balanço e esse é sempre anti-motivador. Atingir um objectivo pressupõe uma recompensa e embora tenhamos tido muitas, basta ver onde estávamos à 20 anos atrás, nenhum governo se dá ao trabalho de o dizer de uma forma coerente, a única coisa que diz é normalmente "temos de continuar com os sacrifícios".
Ou seja, impõe-se um objectivo sem discussão, não se partilham os louros do que se fez bem e não se anunciam as recompensas quando o objectivo é atingido. Vão à secção de gestão de QUALQUER livraria e vão encontrar quilos de livros que dizem que isto é ERRADO! Por isso não é de espantar que a população não se reveja no país e ache que a classe politica não é digna da nossa confiança. Não é pelo que fazem ou não até porque aposto que para cada erro que apontarem de governo, qualquer governo, eu consigo encontrar duas medidas positivas, mas sim pela mensagem que passam que é errada e desmobilizadora de um país que precisa de gente motivada e orientada para o futuro.
1 comentário:
Confesso que vejo no socrates um dos poucos, o mesmo o único dirigente politico que tem promovido algumas "melhorias" e que quanto elas se mostram, ele nao se acanha de as gabar. claro que os louros são para ele. e é a função dele dizer que é devido ao esforço que fazemos que as nossas exportações aumentaram em 6% e que o pib subiu 2.1 ou lá o que foi.
o que eu acho realmente é que os portugueses têm memória curta. seja na politica ou seja no futebol. só nao têm na religião!
quando o filho passa o ano com boas notas "ai graças a deus! vais a fatima pagar a promessa!". quando batem com o carro: "rai's parta o diago!" era giro! a divindade é aquele ser inatigivel, que por muito que nos lhe vociferemos e lhe ralhemos, ele dá-nos o maior despreso, e que mesmo nao existindo (aceito argumentação) nos coloca no lugar. e quando se brinca com a religião "SHHHH! tá calado! não se fala mal de nosso sr jesus cristo!!!" caramba! contra isto é dificil competir! têm sempre as costas quentes! acho que portugal ainda precisa de duas ou 3 gerações até que as pessoas começem a aceitar o governo como uma base de sustentação da sociedade e nao como um inimigo a abater. e isso só la vai com educação. ainda há pouco tempo saimos dos campos e das minas, nao podemos querer tudo assim rápido.!
jazus que texto grande!!
NÃO SE FALA MAL DO JESUS! que ele é teu amigo! (é?)
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