Aos tempos que eu ando para escrever isto mas não sabia por onde começar. Já o debati com outras pessoas, principalmente as que conhecem a forma como entrei no gamedev e até tive para aqui uns rants sobre o tema, um deles deu direito ao post mais comentado aqui no Blodasse. Quis o blog do Elf Maniac, mais especificamente este post que eu considerasse uma visão diferente sobre o tema.
Então qual é o stress? Deve acontecer noutras actividades e comunidades, mas no gamedev é particularmente interessante. Por um lado, a informação que existe é muitas vezes teórica ou densa ou pouco focada naqueles que de facto precisam dela: quem começa. A informação que existe é, regra geral, útil a quem está numa fase onde já não é bem um novato mas também não é alguém com uma experiência considerável.
Os verdinhos novatos não têm, DE FACTO e na minha humilde(!) opinião, acesso a informação qualificada e afundam-se num mar de opiniões mal formadas ou formadas a partir de outras opiniões que "alguém muita-bom disse".
Os gajos com experiência sabem tudo! São verdadeiros poços de sabedoria e não têm nada a aprender com ninguém e também não têm (ou não querem ter, porque são importantes) tempo para combater o tal mar de opiniões. Afinal... opinar fica-lhes mal, não vão eles estar enganados.
Depois aparecem os gajos como eu, que vêm de outras áreas, que têm uma experiência profissional apresentável e que gostam e querem partilhar o que sabem de outras áreas e o que vão aprendendo de gamedev. E pela alma da minha mãezinha que se há coisa que me dá gozo é partilhar informação e tenho-o tentado fazer. Dois tutoriais no portal GameDev-PT e já fiz mais quatro que não publiquei nem tenho vontade de publicar, um projecto, inspirado pelo extraordinário Kosmic que tenho pouca vontade de implementar e tantas, mas tantas conversas e documentos que já troquei e tenho cada vez menos vontade de trocar.
É que em termos estatísticos recebi aí 10% de discussão amigável sobre os temas onde eu e quem discutiu comigo aprendeu qualquer coisa e tudo o resto foi uma inflamada onda de desconfiança sobre aquilo que eu sei, que eu aprendo e que pretendo partilhar por parte de quem podia aprender e com quem eu gostaria de discutir e trocando ideias, experiências e conhecimento, crescermos mais e juntos.
Já formei técnicos séniores de TI, já dei aulas de guitarra, já dei treinos de artes marciais e defesa pessoal, já formei gestores de projecto, ensinei vocalistas, guitarristas e baixistas a estar em palco. Caraças, até já ensinei ilusionismo.
Para isso, também tive de aprender e crescer com alguém. Nunca vi, nem nas comunidades mais fechadas, tamanha dose de sobranceria, desconfiança e inabilidade de aprender em comunidade como no GameDev e para piorar é de todas as áreas onde exerci um papel pessoal ou profissional, a mais atrasada e é por isto que a minha vontade de partilhar, falar, discutir e aprender em termos de contexto técnico e nacional é cada vez menor.
Temos todos que dar as mãos e tirar as palas dos olhos. Assumir no que é que somos bons, no que é que outros são bons e trabalhar juntos. Se o melhor que a maioria das pessoas que em Portugal, profissionais ou amadores tem para fazer perante as ofertas dos outros é desconfiar e descartar, então a nossa evolução será mais lenta e pior para todos.
Então qual é o stress? Deve acontecer noutras actividades e comunidades, mas no gamedev é particularmente interessante. Por um lado, a informação que existe é muitas vezes teórica ou densa ou pouco focada naqueles que de facto precisam dela: quem começa. A informação que existe é, regra geral, útil a quem está numa fase onde já não é bem um novato mas também não é alguém com uma experiência considerável.
Os verdinhos novatos não têm, DE FACTO e na minha humilde(!) opinião, acesso a informação qualificada e afundam-se num mar de opiniões mal formadas ou formadas a partir de outras opiniões que "alguém muita-bom disse".
Os gajos com experiência sabem tudo! São verdadeiros poços de sabedoria e não têm nada a aprender com ninguém e também não têm (ou não querem ter, porque são importantes) tempo para combater o tal mar de opiniões. Afinal... opinar fica-lhes mal, não vão eles estar enganados.
Depois aparecem os gajos como eu, que vêm de outras áreas, que têm uma experiência profissional apresentável e que gostam e querem partilhar o que sabem de outras áreas e o que vão aprendendo de gamedev. E pela alma da minha mãezinha que se há coisa que me dá gozo é partilhar informação e tenho-o tentado fazer. Dois tutoriais no portal GameDev-PT e já fiz mais quatro que não publiquei nem tenho vontade de publicar, um projecto, inspirado pelo extraordinário Kosmic que tenho pouca vontade de implementar e tantas, mas tantas conversas e documentos que já troquei e tenho cada vez menos vontade de trocar.
É que em termos estatísticos recebi aí 10% de discussão amigável sobre os temas onde eu e quem discutiu comigo aprendeu qualquer coisa e tudo o resto foi uma inflamada onda de desconfiança sobre aquilo que eu sei, que eu aprendo e que pretendo partilhar por parte de quem podia aprender e com quem eu gostaria de discutir e trocando ideias, experiências e conhecimento, crescermos mais e juntos.
Já formei técnicos séniores de TI, já dei aulas de guitarra, já dei treinos de artes marciais e defesa pessoal, já formei gestores de projecto, ensinei vocalistas, guitarristas e baixistas a estar em palco. Caraças, até já ensinei ilusionismo.
Para isso, também tive de aprender e crescer com alguém. Nunca vi, nem nas comunidades mais fechadas, tamanha dose de sobranceria, desconfiança e inabilidade de aprender em comunidade como no GameDev e para piorar é de todas as áreas onde exerci um papel pessoal ou profissional, a mais atrasada e é por isto que a minha vontade de partilhar, falar, discutir e aprender em termos de contexto técnico e nacional é cada vez menor.
Temos todos que dar as mãos e tirar as palas dos olhos. Assumir no que é que somos bons, no que é que outros são bons e trabalhar juntos. Se o melhor que a maioria das pessoas que em Portugal, profissionais ou amadores tem para fazer perante as ofertas dos outros é desconfiar e descartar, então a nossa evolução será mais lenta e pior para todos.
5 comentários:
Muito bom, não discordo de nada e também ando a passar pela mesma fase. Ao longo deste ano fiquei com menos vontade de partilhar o que sei, principalmente devido ao valor que dou àquilo que sei. Procuro aprender e nem sempre há o que quero aprender. Crio o que não tenho e ensino quem confio.
Sinceramente, agora só ensino mesmo àqueles que estão num círculo que considero próximo de mim. Nessa posição ensino, faço favores, apoio. Tudo de graça.
E, espero, de qualidade.
Mas tens de concordar que é triste chegarmos a este tipo de estado...
É verdade.
Eu percebo tudo o que está aqui escrito e concordo! Mas felizmente tenho a sorte de ter uns colegas de trabalho que gostam de partilhar. Posso mesmo afirmar que devo bastante do que sou (profissionalmente) a estas bestas de trabalho ;)
PS: Se virem por aí comentários de um produtor de cabelo rapado... man, é para desconfiar!!!
bastante = quase tudo
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